O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (11) que vai respeitar qualquer que seja a decisão da Câmara sobre a denúncia de corrupção passiva contra ele.
Temer deu a declaração durante discurso no Palácio do Planalto. Ele participou de anúncio da linha de crédito do Banco do Brasil para o plano safra deste ano.
A fala de Temer ocorre um dia após ter sido apresentado, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o parecer do deputado Sérgio Zveiter a favor do prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente.
“Reitero sempre que a Câmara, nesta semana, tem uma importantíssima decisão para tomar e eu respeitarei qualquer que seja a decisão”, afirmou o presidente.
Temer disse ainda que o momento não é de ter dúvidas ou receios. Segundo ele, “a hora é de respostas rápidas”.
“Reitero que o Brasil não pode esperar. É hora de o Brasil avançar. Nós vamos seguir em frente”, afirmou o presidente.
Temer se dedicou, em grande parte do discurso, a ressaltar medidas tomadas pelo governo que, segundo ele, tiraram a economia da recessão e modernizaram o país. O presidente citou propostas já aprovadas, como o teto para os gastos públicos e a reforma do Ensino Médio. Ele também falou de reformas defendidas pelo governo que ainda precisam de aprovação do Congresso, como a trabalhista.
Enquanto defendia as ações de sua gestão, Temer refutou uma tese que ele diz estar ouvindo em alguns lugares: a de que, se a economia vai bem, não precisa de governo.
” ‘Ah, se a economia vai bem não precisa de governo’. Precisa sim. Foi este governo que botou a economia nos trilhos. Foi este governo que está botando o trem nos trilhos para quem chegar em 2019″, afirmou o presidente.
Reforma trabalhista
Temer, ainda, mostrou confiança quanto ao resultado da reforma trabalhista, que será votada nesta terça-feira no Senado. “Hoje, à noite, vamos finalizar a modernização da legislação trabalhista, que é exatamente para fazer o combate do que é o objetivo central do nosso governo: combater o desemprego”, afirmou.
O presidente explicou que esse é o caminho para incentivar a contratação e que uma tese que “muito se falava e ninguém conseguiu levar adiante”, criticando governos anteriores. “É um deságio que ficou adiado por anos e meu governo não perdeu tempo”, reiterou.
O peemedebista alegou que o governo tem pressa “porque o povo brasileiro não pode perder um minuto sequer no caminho do crescimento”.
G1